Formação política é uma
parte muito importante do processo de formação educacional que contribui para que a sociedade
possa fazer suas escolhas de maneira crítica, compreender e analisar o território em que habita e,
inclusive, entender o processo político de forma mais ampla.
No dia 30 de agosto,
aconteceu na Escola Família Agrícola de Veredinha, ministrada pelo professor doutorando,
Clebson de Almeida, uma oficina intitulada Engajamento e Militância Política das
Juventudes e das Mulheres. O objetivo da oficina foi trabalhar a dimensão da
História do Vale do Jequitinhonha, desconstruir formas de opressão
naturalizadas pela história oficial que reforça o projeto colonial e apresentar
as novas identidades da Chapada das Veredas, por exemplo, comunidades groteiras
e chapadeiras, além de explorar novas formas de pensar a reescrita da história
do Vale principiada pelos seus sujeitos.
Clebson conduziu e provocou
uma ampla discussão perpassando aspectos geográficos, históricos, culturais, ambientais,
políticos e educacionais. Na dinâmica de apresentação, Clebson propôs que cada
participante falasse o nome da mãe, da avó, da bisavó e contasse um pouco da
vida delas: onde nasceram, como nasceram, o que faziam, os sonhos. De maneira geral,
a dinâmica fez todos refletirem sobre o fato de conhecer tão pouco a própria história
e, assim, foi encaminhada a lição de casa, ou seja, buscar investigar as
próprias origens.
Depois disso, Clebson
contextualizou a história dos primeiros povoamentos do Vale do Jequitinhonha e
destacou a importância dos povos indígenas e quilombolas na formação do
território e os impactos dos grandes projetos de monocultura e de mineração que
vem causando transformações drasticamente negativas, por exemplo, o secamento
de rios e nascentes, a expulsão das populações do campo e diversos outros processos
de violência.
A oficina provocou os/as participantes
no sentido de que é necessária a participação dos/as jovens e das mulheres nas lutas
sociais de forma que compreender a própria história e a história do território são primordiais para instigar/despertar sentimentos de pertença, de engajamento
nas lutas das comunidades e militância política.
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