sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
PROCESSO SELETIVO DE 2022 DA ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE VEREDINHA - EFAV
A EFAV dá início ao processo seletivo de 2022. As inscrições vão até o dia 20 de janeiro e podem ser feitas nos sindicatos dos trabalhadores rurais dos municípios de Capelinha, Veredinha, Turmalina, Minas Novas, Chapada do Norte, no Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica - CAV e na sede da escola situada na Comunidade Gameleira, município de Veredinha.
As inscrições também pode ser feitas de forma ONLINE. Acesse o link: https://forms.gle/my5XamKtKHBuVHv69 e preencha as informações solicitadas no formulário.
Nos dias 01 a 04 de fevereiro de 2022 acontecerá, de forma presencial, a Semana de Adaptação dos/as estudantes inscritos/as.
Qualquer dúvida, entre em contato:
Celular e WhatsApp: (38) 9 9885-6881 ou pelo Instagram: @efaveredinha
Aproveite a oportunidade e venha participar desse processo seletivo! A EFAV é uma escola que oferece o Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico em Agropecuária fundamentado na Pedagogia da Alternância e na Educação do Campo.
Venha participar, conhecer e fazer parte!!!
terça-feira, 29 de junho de 2021
A ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE VEREDINHA EM TEMPOS DE PANDEMIA: REFLEXÕES DA NOSSA PRÁTICA PEDAGÓGICA REMOTA EMERGENCIAL
EFAV
ACODEFAV
Desde
março de 2020, início do agravamento da pandemia Covid-19, o Brasil vem
vivenciando medidas necessárias de saúde pública que visam garantir a segurança
da população perante ao contágio alarmante do Coronavírus. Como é de
conhecimento geral, todos os setores da sociedade foram afetados, afetando
também a vida de todas as pessoas.
Um
desses setores é a educação. A exigência de distanciamento social interrompeu
aulas presenciais e, num rápido movimento político educacional, foi
estabelecido o Ensino Remoto Emergencial como alternativa para a continuidade
das atividades escolares em todo o país. E assim, toda a comunidade escolar
começou a lidar com essa condição de ensino que, até então, era inédita para
todos nós.
Nesse
viés, é interessante apresentarmos uma definição do que é Ensino Remoto
Emergencial. Para Behar (2020 apud STEVANIM, 2020), pelo caráter
excepcional do contexto de pandemia, esse novo formato escolar é chamado de
Ensino Remoto Emergencial (ERE):
(...)
uma modalidade de ensino que pressupõe o distanciamento geográfico de
professores e alunos e foi adotada de forma temporária nos diferentes níveis
de ensino por instituições educacionais do mundo inteiro”. O ensino é
considerado remoto porque os professores e alunos estão impedidos por decreto
de frequentarem instituições educacionais para evitar a disseminação do vírus.
É emergencial porque do dia para noite o planejamento pedagógico para o ano
letivo de 2020 teve que ser engavetado (BEHAR (2020 apud STEVANIM, 2020).
Ressaltamos
essa condição temporária e emergencial do Ensino Remoto mediado por tecnologias
digitais, no sentido de entendermos criticamente que essa forma de ensinar é
altamente conturbadora, prejudicial e problemática para a educação e, não
garante a educação como um direito, nem os princípios da igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola, como preconizam a Constituição Federal e
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil.
Sabemos
que a desigualdade social é uma marca da sociedade brasileira e, dentro disso,
o direito à educação nunca foi igualitário, fator que implica diretamente nas realidades
desiguais das condições da vida dos brasileiros e das brasileiras. Problemas
sociais advindos da ausência de políticas públicas que afeta a vida dos
estudantes antes mesmo de estarem na escola. No atual momento de pandemia,
percebemos uma precarização ainda maior da educação e uma análise política governamental
muito superficial tendo em vista a complexidade do Ensino Remoto Emergencial.
O
Conselho Nacional de Educação, por meio do Parecer Nº 5/2020, afirmou que as
atividades pedagógicas não presenciais serão computadas para fins de cumprimento
da carga horária mínima anual. As atividades podem ser desenvolvidas por meios
digitais (vídeo-aulas, conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino
e aprendizagem, redes sociais, correio eletrônico, blogs, entre outros); por
meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de material didático
impresso com orientações pedagógicas distribuído aos alunos e/ou seus pais ou
responsáveis; e pela orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e
exercícios indicados nos materiais didáticos. (CNE/CP Nº: 5/2020).
Contudo,
sabemos das inúmeras implicações reais que essas práticas metodológicas via
tecnologias digitais têm causado. O acesso à educação remota emergencial
demanda conexão de internet. Dentro disso, é válido pensar: qual é a situação real
desse acesso à internet e de recursos tecnológicos, principalmente, nas
comunidades do campo? Como desenvolver alternativas de orientação,
acompanhamento e avaliação remotos das atividades escolares? Qual a condição
social, econômica e de escolaridade das famílias para a estrutura exigida dentro
do Ensino Remoto? Os educadores e as educadoras têm condições de desenvolver
adequadamente o processo didático-pedagógico pelas tecnologias digitais
utilizadas? Dentre outras implicações, inclusive, o espaço doméstico é equipado
para que o/a jovem estude em casa e em condições físicas confortáveis?
O
que dizer e o que fazer mediante a este novo cenário que aumentou
exponencialmente os problemas já carregados pela educação no Brasil? O
entendimento coletivo é de que a educação não pode parar. É evidente, neste
caso, a exigência de uma reformulação pedagógica e metodológica para que a
educação não pare. Será isso verdade? Como estamos repensando nossas práticas
dentro do Ensino Remoto levando em consideração os princípios da Educação do
Campo e os Sujeitos do Campo e da Cidade?
A Escola Família Agrícola de Veredinha –
EFAV vem se debruçando num intenso movimento de reflexão pedagógica e
metodológica, pois
o Ensino Remoto Emergencial transformou radicalmente a Pedagogia da Alternância
e interrompeu a prática de alguns instrumentos pedagógicos que promovem a
mediação dos caminhos alternados entre meio-escola-meio. Até o momento, estamos
trabalhando com a elaboração do material didático próprio, em formato de
apostila mensal, respeitando o planejamento de cada educador/a e a
contextualização com a realidade camponesa; adotamos um planejamento de suporte
remoto ao ensino aprendizagem: criação de grupos pelo WhatsApp, áudios semanais
de orientação e explicação referentes a cada disciplina; plantão online semanal
conforme cronograma que inclui todas as disciplinas; gravação de pequenos
vídeos de exploração de conteúdos; manutenção da tutoria em formato online que
possibilita apoio individualizado, não só pedagógico, mas apoio emocional e
motivacional; diversificação do quadro avaliativo com a proposição da atividade
interdisciplinar que relaciona temas do Plano de Estudo, e também questões
sociais mais amplas; reformulação da organização textual para o suporte de
circulação do texto escolar que é o celular.
Criamos, na Escola Família Agrícola
de Veredinha, um espaço virtual de diálogo com os estudantes a respeito do
Ensino Remoto e das formas adotadas pela EFAV. Percebemos uma avaliação
positiva em relação às estratégias adotadas pela EFAV até o momento, além de
apontarem novas sugestões que adequam às nossas condições estruturais.
É nítido que os estudantes possuem
questionamentos mais amplos. Eles estão preocupados com o seu processo de
ensino aprendizagem que se vê fragilizado, preocupados com os rumos da
educação, preocupados com o ENEM e com o acesso à universidade. Preocupados
também com os impactos e os ecos dessas disparidades educacionais nas
oportunidades futuras.
Ao mesmo tempo, muitos estudantes
relatam a relação com o trabalho que passou a ocupar mais o seu tempo, relatam
massivamente as dificuldades de acesso à internet de qualidade para acessar
satisfatoriamente as ferramentas digitais criadas pela escola. Resumidamente,
figura-se a importância da presença, do contato, do encontro para o ato de
educar (Freire, 2004) e, em contraposição, o Ensino Remoto rompe essa
necessidade básica.
Nesse sentido, podemos refletir o que
esse recorte da projeção da tela do celular torna invisível, o que esse limite
das telas não revela. É uma partícula que, praticamente, tornam os sujeitos
invisíveis mediante à complexidade que é o Ensino Remoto. Quantas pautas vieram
à tona com tamanha força, por exemplo, a democratização do acesso à internet no
Brasil, a urgência de repensar a educação brasileira no campo e na cidade, a
responsabilidade do governo brasileiro com a educação de qualidade e dentre
outras.
A realidade da grande maioria dos
estudantes da EFAV, bem como a estrutura da nossa escola e a formação dos
educadores e educadoras revelam que a adoção de aulas ao vivo e/ou aulas
gravadas são inviáveis. São alternativas que não dialogam com a nossa realidade
escolar e, portanto, são marcadamente excludentes. Enquanto instituição de
ensino e, especialmente, nessa crise de saúde pública mundial, temos que
refletir criticamente sobre essas diferenças para, inclusive, escolher as
formas mais inclusivas de ensinar. Acima de tudo, estamos defendendo que a
nossa prática pedagógica remota não exclua nenhum dos nossos estudantes de
manter o vínculo com a educação do campo.
Temos
uma preocupação enorme com os impactos sociais, econômicos e educacionais que
essa pandemia está provocando na vida da nossa comunidade escolar. Nesse
sentido, estamos nos esforçando na proposição de alternativas mais dialógicas dentro
do Ensino Remoto, entendendo que esta é uma situação emergencial e temporária
de ensino. Estamos nos reinventado para garantir que cada estudante possa
acessar o nosso apoio pedagógico remoto supracitado e, ao mesmo tempo, sentimos
os esforços e a compreensão dos estudantes e das estudantes, das famílias da
nossa comunidade escolar, que também estão buscando alternativas dentro da própria
organização familiar.
Nesse
contexto de incertezas e dificuldades, nos colocamos em luta e nos alimentamos
em Paulo Freire e da sua Pedagogia da Esperança (2006) para, coletivamente,
mantermos vivos os sonhos da nossa juventude camponesa.
É
preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente
que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é
esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás,
esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante,
esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo (FREIRE, 2006).
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Maria Fernanda dos Santos. Princípios Pedagógicos da
Educação do Campo: caminho para o fortalecimento da escola do campo. Ci. &
Tróp. Recife, v. 39, n. 2, p. 41-72, 2015. Disponível em: < https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1567>.
Acesso em: 15 jun. 2021.
CUNHA,
Leonardo Ferreira Farias da; SILVA, Alcineia de Souza; SILVA, Aurênio Pereira
da. O ensino remoto no Brasil em tempos de pandemia: diálogos acerca da qualidade
e do direito e acesso à educação. Revista Com Censo: Estudos
Educacionais do Distrito Federal, Brasília, v. 7, n. 3, p. 27-37, ago. 2020.
Disponível em:
http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/924. Acesso
em: 15 jun. 2021.
STEVANIM, Luiz Felipe. Exclusão nada remota: desigualdades
sociais e digitais dificultam a garantia do direito à educação na pandemia.
RADIS: Comunicação e Saúde, n. 215, p. 10-15, ago. 2020.
FREIRE, Paulo.
Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
FREIRE, Paulo.
Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. São Paulo:
Paz e Terra, 2006.
______.
Ministério da Educação. Parecer CNE/CP Nº: 5/2020. Reorganização do Calendário
Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins
de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19.
Brasília: Conselho Nacional de Educação, 2020c. Disponível em: http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=145011-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192.
Acesso em: 15 jun. 2021.
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Processo Seletivo da EFAV 2021
domingo, 2 de agosto de 2020
Escola Família Agrícola de Veredinha: reflexões em tempos de pandemia de quem vivencia a Educação do Campo
Por Neltinha Oliveira dos Santos, monitora da
Escola Família Agrícola de Veredinha - EFAV
Nos últimos dois meses do ano de 2019,
ressoava nos quatro cantos do planeta, uma notícia que informava a respeito de
um novo Coronavírus, causador da doença infecciosa chamada COVID-19 e que já
estava disseminando entre os seres humanos. Não demorou muito tempo, no mês de
fevereiro de 2020 já noticiava o primeiro caso no Brasil e, desde então, os
números vieram aumentando exponencialmente e, dos centros urbanos, foi-se
ampliando e atingindo pequenas cidades, comunidades rurais, comunidades
tradicionais e comunidades indígenas.
A sua forma de contágio ocorre pelas
gotículas expelidas de uma pessoa contaminada que, ao entrar em contato com as
vias respiratórias de outra pessoa, já se configura o quadro de infecção. Um
bombardeio de precauções começou a ser veiculado em todos os meios de
comunicação, redes socias e a principal delas: fique em casa.
No Brasil, o fique em casa está criando
muitas divergências econômicas e sociais, pois essa condição básica de
prevenção ao Coronavírus choca-se com as desigualdades e a condição de
vulnerabilidade da vida da grande maioria da população. Marcando o abismo entre
os Brasis, ou seja, uma coisa é você querer e poder ficar de quarentena e outra
coisa é não poder ficar de quarentena para não morrer de fome. As condições de
poder ficar em casa ou não, é um retrato do Brasil, marcado, historicamente,
pelas diferenças sociais e a não efetivação de políticas públicas que cumpram
os direitos básicos dos cidadãos.
Numa entrevista, o rapper Emicida
aponta um questionamento chave para essa atualidade, dizendo que o Coronavírus
põe em risco a vida das pessoas, mas as pessoas já vivem em ambientes em que
não são protegidas, como, então, o fique em casa, fará sentido na realidade das
pessoas? Acima de tudo, essa pandemia só reforça o que já existia: a
desigualdade social e a invisibilidade política.
A pandemia e as suas prevenções necessárias
impactam também na escala das prioridades da vida das pessoas. Garantir o
alimento da família é uma prioridade absoluta e, diariamente, se expor a todos
os riscos para obtê-lo é muito comum. Quais as ações governamentais vêm sendo
realizadas no sentido de minimizar esses riscos, principalmente, nesse momento
emergencial de pandemia? O auxílio de 600 reais é fundamental, mas é suficiente
para aumentar a eficiência do fique em casa?
Estamos presenciando muitas
discrepâncias discursivas gerando mais tensões, principalmente, em relação ao
isolamento social que vem agravando ainda mais essa situação de pandemia e isso
provoca, num panorama geral, vantagens e desvantagens. Tem-se noticiado muito
sobre os lucros exorbitantes de determinados setores da economia que estão
crescendo por causa da pandemia e estamos vendo também um verdadeiro massacre
da classe trabalhadora.
Então, podemos dizer, que essa pandemia
é mais avassaladora na vida das pessoas mais pobres do país, que nunca tiveram
acesso a uma renda justa e nem à saúde de qualidade. Um jogo de cartas marcadas
no qual os perdedores são figuras repetidas na história do Brasil.
Nessa perspectiva, vemos que o
isolamento da sociedade é necessário e se estende a toda a população. Todas as
pessoas tiveram seus planos e rotinas impactados tanto na área urbana, quanto
na área rural. A mensagem da necessidade de ficar em casa é muito clara, não
existe um problema de interpretação, acima de tudo, é uma questão de poder,
tendo em vista as prioridades básicas da vida.
Nesse tempo de pandemia, a
educação está passando por muitas transformações e os desafios do ato de educar
escolarizado tornaram-se ainda maiores. O trabalho e o ensino remoto passaram a
fazer parte da vida de todos os estudantes e professores. Nesse sentido, a
Escola Família Agrícola de Veredinha assim como todas as escolas vêm tentando
encontrar as melhores estratégias de lidar com esse ensino remoto.
O acesso à internet tornou-se uma
demanda imediata e, no Brasil, boa parte da população, principalmente,
moradores das comunidades rurais, esse acesso é precário ou inexistente.
Lembra-se que não é uma questão do não querer ou do não tentar atender essa
necessidade que se tornou básica na vida das pessoas, é, acima de tudo, uma
questão do não poder com viés econômico e social.
Visualizar essa realidade tem-se duas
situações claras: quem tem internet conseguirá acompanhar os estudos e quem não
tem internet não conseguirá acompanhar os estudos. Então, o papel da escola
passa a ser também igualar essas condições no sentido de dar a mesma
oportunidade a todos os estudantes.
A Escola Família Agrícola de Veredinha
optou pela confecção de uma apostila que contém os conteúdos de todas as
disciplinas compreendidos no período de quatro semanas. Por exemplo: Língua
Portuguesa com os conteúdos e atividade da Semana 1, Semana 2, Semana 3 e
Semana 4, da mesma forma, com as outras disciplinas.
Cada monitor e cada monitora está
seguindo o seu planejamento e todos os conteúdos estão sendo contemplados nessa
apostila periódica mensal. Pensando na recepção dos conteúdos, a equipe também
fez uma adequação na escrita, adotando formatos mais didáticos possíveis, como:
esquemas autoexplicativos, figuras, gráficos, mini vocabulários, charges etc.
Tomando o cuidado de dispor na própria apostila tudo que o estudante necessita
para realizar os seus estudos.
A escola fez um levantamento das
condições de acesso à internet de todos os estudantes e cada monitor/a criou um
grupo de WhatsApp para atender o público que consegue ter acesso. Existe um
cronograma de monitoria e cada dia da semana têm monitores de plantão que
auxiliam os estudantes dentro das suas respectivas disciplinas.
Após a finalização das apostilas, elas
são anexadas aos grupos de monitoria e, os estudantes que não possuem conexão à
internet, recebem a apostila impressa em sua casa. A EFAV criou uma logística
que, acima de tudo, segue todas as recomendações de segurança e saúde, que
possibilita a chegada de todos os materiais às mãos de todos os seus
estudantes.
Da mesma forma, criou-se uma logística
estratégica de entrega das apostilas de respostas elaboradas pelos estudantes.
Assim, esses materiais serão recolhidos por um profissional da escola e depois
serão direcionados aos monitores que farão as correções e darão os
encaminhamentos necessários.
Todos os profissionais se colocam a
disposição e desdobram para atender às diferentes demandas que vem surgindo em
função do ensino remoto. Inúmeras situações são debatidas e solucionadas no
coletivo. A união da equipe é fundamental, pois essa situação de pandemia é
inédita e alguns problemas também são inéditos.
Ademais, o que se sobressai, para além dos esforços de toda a equipe escolar, é o desejo profundo de ter os estudantes em diálogo com os estudos, tentar manter esse vínculo de ensino e aprendizagem que não pode ser rompido por questões relativas às condições econômicas e sociais das famílias. É inegável que as recomendações de saúde precisam ser cumpridas bem como aprender a lidar com o ensino remoto, mas é necessário mais apoio do governo às escolas e um olhar mais humanizador às condições de trabalho de todos os profissionais da educação.